segunda-feira, 20 de abril de 2009

Um CIdadão da Jerusalém Celestial

Leiam atentamente o testemunho logo abaixo. É voltado para todos os ministérios, mas principalmente para o louvor. É a biografia de um servo de Deus que foi chamado para a glória precocemente, deixando um valioso legado para as gerações futuras.

O texto abaixo foi extraído integralmente de www.janires.tk.

"Foi há muito tempo atrás,
Tempos que não voltam mais.
Eu, com a cabeça de menino,
corpo e asa de passarinho."

Conheci Janires em 1979. Ele aparecia de vez em quando nas reuniões de sexta-feira da mocidade de nossa Igreja em Copacabana, no Rio. Era um tipo meio esquisito para os padrões vigentes de beleza e status: magro, esguio, moreno, cabelos desgrenhados, usando um desbotado macacão jeans. O sorriso inconfundível, os dentes muito brancos, como que a dizer "você não me esconde nada", revelava a experiência e o jogo de cintura dos seus tempos de boêmia, e dizia alguma coisa diferente, muito forte, muito boa, algo realmente novo!
Trazia sempre uma música de louvor a Jesus, ou uma palavra, às vezes dura, que nem os pastores ou os líderes daquele grupo se arvoravam a dizer. Um sujeito diferente.
Ele vinha de São Paulo, e da mesma forma com que aparecia, sumia: ficava um tempão sem aparecer. Carregava uma bolsa de couro cru, bem surrada. Dentro dela uma Bíblia daquelas de capa mole, uma muda de roupas e um monte de cópias em fitas cassete de um tal Rebanhão, tipo feitas em estúdio de fundo de quintal, que faziam o maior sucesso no meio da rapaziada.
A capa da fita, em papel cartão acetinado com a impressão em dourado da silhueta de uma pastor com um cajado na mão e uma ovelha ao seu lado, dizia tudo. Na aba menor os títulos: "Jesus, Filho do Homem", "Baião", "Casinha", "Arco-Iris" eram uma pequena amostra da genialidade do seu compositor.
A fita era absolutamente revolucionária. O repertório, eclético: uma mistura original de rock rural, tendendo para o progressivo, com canções bucólicas carregadas de fraseados poéticos.
Nessa época a MPB experimentava um movimento de renovação decorrente da abertura política. A música de Janires revelava influências de Zé Rodrix, Taiguara, Ivan Lins, 14 Bis, Raimundo Fagner, Gonzaguinha, Mutantes, para não falar de Pink Floyd, Beatles, Genesis e tantos outros que naturalmente influenciaram a nossa geração.
É importante falarmos do contexto cultural e musical que estávamos vivendo, para nos situarmos no tempo e no espaço. Desde o início dos anos setenta, algumas coisas começaram a mudar também nos meios eclesiásticos.
Até então, nas igrejas cantavam-se os hinos dos hinários tradicionais. O órgão e o piano eram os instrumentos permitidos. O violão acabava de conquistar sua posição nos meios jovens. Guitarra, baixo, sintetizador e bateria? Proibidos na grande maioria das igrejas. Vencedores Por Cristo, Semente, Elo, Logos, Jovens da Verdade e alguns outros grupos de expressão foram os embaixadores da nova música evangélica, introduzindo com sabedoria e maestria uma nova concepção musical.
Janires foi um dos mais importantes representantes da segunda fase desta renovação musical. Falava das coisas comuns da vida. Ironizava os políticos corruptos, os comerciais da TV, parodiava filmes e novelas, falava das realidades, de sonhos, fracassos e frustrações, do pecado e da miséria resultante, para apresentar, em fulgurante contraste, a estonteante luz, a estupenda graça e a infinita paz de Jesus Cristo, que transformou a sua vida, de um quase marginal e presidiário, em um homem livre para viver a plenitude de uma vida totalmente regenerada.
O Rebanhão era a cara do Janires. Começou ainda em São Paulo. A primeira formação, tomara que eu não esqueça ninguém para não ser injusto, tinha, entre outros, a Lurdinha, o Mike e o Carrá. Então ele resolveu se mudar para o Rio. Acho que foi Jesus quem mandou. Chegou com tudo o que ele tinha: a bolsa, uma mesa de som de 24 canais, um monte de caixas e amplificadores, e uma disposição incrível de tocar e cantar Jesus Cristo onde quer que fosse. Chegando ao Rio, fez logo seu primeiro discípulo: o Pedro Braconnot, atual e incansável líder do Rebanhão, discípulo de Jesus Cristo. Um dia ele e o Pedro foram assistir ao nosso humilde e esforçado ensaio, e nos convidaram para acompanhá-los. Fomos, Kandel Rocha na Bateria, André Marien na guitarra e eu, Paulinho Marotta, no baixo. Assim nasceu a segunda formação do Rebanhão. Logo depois veio o Carlinhos Félix com seu brilhantismo, para completar a formação. Tocar no Rebanhão foi uma das mais fantásticas experiências da minha vida. Janires era absolutamente inusitado! Todos tinham liberdade para criar, e apesar de nossas muitas limitações, aconteciam coisas interessantes. Essa música nos abriu espaços e muitas oportunidades para pregar o Evangelho em praias, praças, teatros, rádios (não posso esquecer do Paulo César Graça e Paz e da Radio Boas Novas em Vila Isabel, no Rio, onde tudo começou), TV, jornais, coretos, estações, e ruas desse Brasil afora. Muitas pessoas ouviram o Evangelho da boca do Janires, e algumas delas tiveram suas vidas transformadas pelo poder do Evangelho de Jesus Cristo.
Três anos depois, Janires sentiu-se direcionado a mudar para Belo Horizonte, onde começou a servir na MPC, ao lado do Marcelo Gualberto, do Carlinhos Veiga e tantos outros. Juntou-se à equipe MPC e formou a Banda Azul, ao lado do Dudu Batera, Dudu Guitarra e Moisés. É claro que essa separação foi dolorosa para nós, creio que para ele também, uma vez que o Rebanhão foi criação sua e se identificava tanto com ele.
Janires era fervorosamente apaixonado por Jesus. Ele tinha visto a miséria de perto. Desde cedo aprendera a conviver com a marginalidade em Brasília. Ganhava a vida como músico; logo se envolveu com as drogas, e o tráfico acabou se tornando um meio de vida. Preso em flagrante, talvez por ser primário, foi transferido para o Desfio Jovem de Brasília, onde teve contato com o Evangelho de Jesus Cristo. Lá, debaixo de muita oração e da disciplina e do amor daquela equipe, comandada por uma serva de Deus, teve uma experiência com Jesus. Ele não contava muitos detalhes dessa época, mas que tinha um coração ainda muito duro e abandonou a fé e voltou para as drogas. Algum tempo depois, agora já em São Paulo, ficou internado no Desafio Jovem, onde finalmente rendeu-se aos pés do Senhor Jesus. Sabia que ele não fizera nada de bom na vida para merecer que alguém morresse por ele. Quando entendeu que o próprio Filho de Deus morrera por gente como ele, não teve outro recurso que não entregar-se com todas as suas forças a Jesus.
Desde então ele descobrira o amor de Jesus, e se apaixonara por Ele, a ponto de dedicar a sua vida somente para Ele.
Janires era homem de oração. Sentia as dores dos que sofriam com as drogas, com o abandono, com a miséria, com a falta de perspectiva. Era lúcido e imparcial com os orgulhosos, os que se julgavam superiores. De raciocínio claro, tinha sempre uma resposta objetiva, às vezes mordaz, mas incrivelmente oportuna.
Tinha a sobriedade e a firmeza de caráter de um homem experiente, e a vivacidade de quem tinha alguma coisa muito nova e boa pra contar.
Considerava-se totalmente dependente da graça de Deus. Dedicava grande parte do seu tempo ao jejum, à oração e ao estudo da Bíblia. Gastava tempo prostrado diante de Deus, intercedendo pelas pessoas ao seu redor.
Janires não era um homem comum. Ele não se preocupava em casar, constituir família, arrumar um bom emprego, comprar isso ou aquilo, essas coisas que têm tanta importância para nós. Vivia do que produzia. Sua música, seu artesanato: camisetas e impressos em silk-screen. Frequentemente recebia ofertas, às vezes muito boas, mas sempre achava alguém que precisasse mais do que ele daquele dinheiro. Assim como recebia, dava generosamente.
Uma vez, dentro do ônibus, um policial revistando os passageiros, mandou que abrisse a bolsa. Ele aproveitando a oportunidade, falou para o guarda e para os outros passageiros da única arma que ele carregava, que tinha transformado a sua vida: a sua Bíblia. Outra vez fingiu-se de louco, gritando "Jesus, Jesus!" para afugentar marginais que importunavam duas moças em Copacabana. Não tinha medo da "barra pesada". Falava de Jesus para qualquer um, em qualquer lugar. Não perdia oportunidades para contar que Jesus tinha transformado a sua vida.
Janires foi inicialmente rejeitado e até odiado pelas lideranças eclesiásticas que viam nele uma aparente ameaça, por ser tão diferente do comum, mas ganhou o respeito e admiração de todos os que puderam conhecê-lo de perto, por causa da autenticidade de seus atos e de sua fé genuína em Jesus Cristo, e dos frutos que produziu.
Circulava livremente por todas as vertentes denominacionais, desde a tradicional, até a mais renovada, e tinha grande simpatia dos grupos católicos carismáticos. Janires valorizava a unidade da igreja, respeitando as diferenças e peculiaridades de cada grupo. Por isso ganhou o respeito e a simpatia de muitos.
Tinha um impressionante domínio do público. Falava para quarenta mil pessoas com a mesma facilidade com que apresentava Jesus em um diálogo pessoal. Todas as suas apresentações seguiam uma lógica. A seqüência das músicas que cantava era concluída com uma prédica inteligente, poderosa e inspirada, totalmente bíblica, cheia de analogias culturais e temporais que prendiam a atenção dos ouvintes para o ponto central: a confrontação com a realidade de Jesus Cristo!
Em janeiro de 1988, foi chamado pelo Senhor Jesus para a Glória, em um trágico acidente, quando voltava do Rio para Belo Horizonte. De bens materiais não deixou muita coisa, além da velha bolsa e do violão Ovation. Mas um imenso legado, de vidas transformadas pelo seu testemunho e pelo seu exemplo, e pelas mudanças que imprimiu na história da música evangélica contemporânea.
Eu, que escrevo estas palavras, tive o privilégio de conviver durante cinco anos com o Janires. Posso dizer que ele, pelo seu jeito de viver e ver a vida, influenciou tremendamente a formação da minha fé, da minha atual escala de valores, da minha concepção do mundo e do Reino de Deus. Digo isso, não para exaltar a memória de um homem, mas para que Jesus Cristo seja glorificado!

Paulo Marotta

sábado, 18 de abril de 2009

Acampamento - Semana Santa

A JNI realizou no último feriado (de 10 a 12 de abril) um acampamento/retiro no qual estiveram presentes 40 pessoas, entre jovens e alguns adultos.

"Entre as atividades recreativas, tivemos futebol, surfe e mímica", disse o líder da JNI Paulo. "Deus cuidou de nós quando nem esperavámos, estávamos tão abrigados por esta graça que de tal forma estávamos despreocupados. só Deus para nos propoorcionar momentos como este".




Mais fotos? Aqui tem!

domingo, 12 de abril de 2009

Relacionamentos Saudáveis

Vemos em Gênesis 2:18-25 que fomos criados com necessidade de nos relacionarmos. Por isso não podemos viver sozinhos, isolados; precisamos sim de ter relacionamentos mas, relacionamentos saudáveis com pessoas confiáveis que embora não sejam perfeitas, nos ajudem a ser a pessoa que Deus planejou que fôssemos (Como será que Deus planejou você?)
O melhor exemplo de uma pessoa confiável encontra-se em Jesus. Devemos imitá-lo. Jesus sempre esteve disposto a ajudar as pessoas sem acepção, sem interesse.
Os relacionamentos nos quais as pessoas não nos aceitam sem culpa ou condenação são, na verdade, destrutivos e não produzem o nosso crescimento.
Enfim, outra qualidade de Jesus que devemos ter em nossos relacionamentos é a verdade. Precisamos de amigos que caminhem na verdade e vivam os princípios de Deus conosco.
Os relacionamentos construtivos verdadeiros são aqueles nos quais podemos falar a verdade uns para com os outros e nos confrontarmos quando necessário.
Reflita:
Como tem sido sua vida?
Você tem influenciado pessoas para o bem?
Você tem se deixado influenciar para o mau?
Você tem sido sincero em seus relacionamentos?

Que Deus nos ajude a termos bons relacionamentos!

Levina Veloso.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Retiro de Páscoa

Novas boas para os jovens: o retiro durante a semana santa vai acontecer, conforme previsto. O local será a casa da mãe de Mariana, em Tabatinga (próximo ao mar, ao lado de um rio com águas termais).

O preço médio será R$ 40,00, com as três refeições inclusas. No local será instalada uma cantina para quem quiser intercalar as refeições.

A programação incluirá jogos, diversão e devocionais, onde compartilharemos a Palavra de Deus. Não faltará nada nesse retiro!

As vagas são limitadas a 35 jovens, e as inscrições só serão efetuadas mediante o pagamento da quantia mencionada. Portanto confirmem a presença o mais rápido possível!